O Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária (FG) decidiu voltar atrás e reconsiderar o pedido de ajuda humanitária feito pela Red Venezolana de Gente Positiva (RVG+) àquele país. O requerimento, feito em junho de 2016, foi negado no último dia 19 de janeiro, com o argumento de que Venezuela não atenderia a um critério técnico-financeiro definido pelo Banco Mundial, que classificaria o país como renda média.
Desde o ano passado, vigora o Estado de Exceção e de Emergência Econômica na Venezuela. A ajuda internacional será para apoiar as mais de 200 mil pessoas vivendo com HIV/AIDS no país.
A decisão do FG acontece após pressão de várias entidades internacionais, entre elas, o Conselho Latino-Americano e Caribenho de Organizações Não Governamentais com Serviços em HIV/AIDS (LACCASO, sigla em inglês). As organizações enviaram cartas onde expressaram o seu descontentamento para o diretor executivo e par o presidente da Junta Diretiva do FG, respectivamente, Mark Dybul e Norbert Hauser. O LACCASO, cuja Secretaria Executiva é exercida pela ABIA, encaminhou uma carta no dia 31 de janeiro.
No texto, o LACCASO/ABIA exige que o FG reveja seu posicionamento e afirma que “é inaceitável que as agências internacionais de financiamento fiquem de olhos fechados às realidades locais e que critérios técnicos sejam mais importantes do que as vozes, as vidas e o sofrimento das pessoas com HIV e AIDS”.
Confira a carta encaminhada pelo LACCASO/ABIA aqui
Confira em espanhol sobre o recuo do Fundo Global aqui