Qual avaliação é possível nos tempos atuais sobre a macro e micro políticas na resposta brasileira ao HIV/AIDS? A pergunta é o tema da mesa que o diretor-presidente da ABIA, Richard Parker, participará no dia 12/02, durante o “Seminário Coro de Vozes numa Teia de Significados sobre Cuidado às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS na Rede de Atenção à Saúde”. O evento, que começa em 11/02, será realizado na Fundação Casa de Rui Barbosa, em Botafogo (RJ).
Além de Parker, o seminário contará com as participações de Veriano Terto Jr., vice-presidente da ABIA e de Juan Carlos Raxach, coordenador da área de promoção da saúde e prevenção. Raxach estará na mesa de abertura e será o facilitador do Grupo de Trabalho sobre o cuidado às pessoas vivendo com HIV/AIDS no município do Rio de Janeiro: como fazer mais e melhor no cenário atual? Já Terto Jr. será debatedor da mesa “Os desafios do cuidado nas redes de atenção à saúde no município do Rio de Janeiro”.
De acordo com Richard Parker, enquanto a solidariedade era um marco ético-político para a construção de políticas públicas no enfrentamento da epidemia entre os anos 1990 e 2000, o Brasil foi exemplo para o mundo. “Os avanços científicos eram utilizados pela política para garantir o acesso e o tratamento das pessoas vivendo com HIV/AIDS e na construção de campanhas de prevenção”, lembra o diretor. A mudança começa a partir de 2010. “As campanhas de prevenção começaram a ser atacadas pela bancada religiosa e conservadora no Congresso Nacional. Desde o ano passado, com o governo Bolsonaro, o desmonte da política para a AIDS tem sido rápido e assustador”, afirma Parker.
Para ele, a palavra do momento é resistência. “Precisamos arregaçar as mangas e recomeçar nossa trajetória mais uma vez”, disse. Durante o seminário na Fundação Casa de Rui Barbosa, o diretor-presidente da ABIA dividirá a mesa com Tulio Franco, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A coordenação deste debate será de Fátima Rocha (ENSP-Fiocruz).