A Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) apresenta para a sociedade civil, parceiros/as e financiadores o Relatório Global referente ao ano 2021. O documento traz um panorama de como foi a construção da resposta ao HIV e à AIDS no Brasil em meio ao contexto conservador que se instalou no país nos últimos anos. O Relatório Global da revela as estratégias encontradas pela instituição – e em parceria com outras instituições – para buscar soluções e estratégias para superar a ausência de ações públicas com foco na prevenção do HIV e da AIDS.
Por exemplo, o ano de 2021 foi marcado pela redução do número de preservativos no Rio de Janeiro e no Brasil, além do desaparecimento do gel lubrificante. Foi um ano também dominado pela onda de fake news e pela manutenção de organizações não governamentais sem recursos para promover ações no campo. Mesmo diante deste cenário, a ABIA fez circular 44 mil impressos com informações e conhecimento sobre o HIV e a AIDS, e também sobre a Covid-19. Além disso, disponibilizou materiais virtuais e realizou lives, podcasts e oficinas de capacitação ao longo de 2021.
Embora o ano tenha sido de muito trabalho, a ABIA reconhece ter havido um desinteresse entre os financiadores nacionais e internacionais para apoiar a resposta à AIDS. “Há um desinteresse geral em apoiar temas na saúde pública e isso num momento em que o mundo está acossado por doenças e pandemias como a Covid, a sífilis e a AIDS. A dificuldade para se conseguir sustentabilidade financeira traz uma grande preocupação para a sustentabilidade da própria ABIA. Preocupa-nos também que, atualmente, os maiores financiadores globais para a sociedade civil no enfrentamento às pandemias são as grandes empresas farmacêuticas”, afirma o documento.
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