A história dos bastidores da construção da publicação “Sexo Mais Seguro: Um Guia sobre Sexo, Prazer e Saúde no Século XXI” é contada no Boletim nº 65: “Sexo Mais Seguro no Século XXI”, cuja versão virtual já se encontra disponível na internet. O guia foi organizado pelo Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos em três módulos eletrônicos distintos: sobre o HIV; sobre outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e sobre Hepatites Virais, sendo que último será lançado em breve.
Para chegar a este formato, a instituição realizou ampla pesquisa e dialogou com grupos específicos, como por exemplo, jovens gays e mulheres trans. “O que é imoral para uns pode não ser para outros. O que é compreendida como prática sexual de risco para uns, não é para outras pessoas. Os módulos que compõem estes guias reforçam que não se pode generalizar e afirmar que todos e todas sentem prazer no mesmo local e da mesma forma. Também não se pode exigir que todos sigam as mesmas regras”, afirmou o diretor-presidente da ABIA, Richard Parker, em editorial.
O passo a passo para a construção dos módulos foi descrito no Boletim ABIA pelos assistentes de projeto, Jessica Marinho e Jean Pierry Leonardo: “a experiência foi extremamente rica, contudo o processo de criação e adequação de cada módulo levou mais tempo do que pensávamos. Editorialmente tínhamos muitas dúvidas e obtivemos muito conhecimento o que demandou um esforço para equilibrar as duas coisas e criar um material minimamente informativo, objetivo e com qualidade”, revelaram.
Já o fotógrafo e coordenador do projeto, Vagner de Almeida, contou como foi o processo das sessões fotográficas. “Foi uma opção consciente trabalhar os ensaios fotográficos com os/as voluntários, pessoas que atuam e/ou já atuaram em diferentes atividades do Projeto Diversidade Sexual. Alguns são profissionais do sexo, outros ativistas e pessoas de comunidades. Buscamos também contemplar a variedade e diversidade de cores/raças, tipos corporais que fujam dos padrões de corpos malhados e delgados. Assim, buscamos por corpos comuns, estilos e jeitos, além da diversidade de gênero e sexualidade destas populações”, afirmou.
A tarefa de contar quais foram os desafios de construir uma publicação que pudesse espelhar os diversos modos de prevenção do HIV/AIDS e também outras infecções sexualmente transmissíveis coube a Juan Carlos Raxach, co-coordenador do Projeto Diversidade Sexual Saúde e Direitos entre Jovens. “Depois de várias reuniões da equipe vimos a necessidade de construir um guia com diferenciais em relação aos já existentes. Por conta da complexidade atual da prevenção da infecção pelo HIV, decidimos realizar e publicar de forma virtual na página do projeto módulos específicos para a prevenção da infecção pelo vírus, um outro módulo para as ISTs e por último um módulo para a prevenção da infecção por hepatites viriais”, revelou Raxach.
A edição traz depoimentos das pessoas voluntárias como Rajnia de Vito (Observatorio de Sexualidade e Política), Wescla Vasconcelos (mestranda da Universidade Federal Fluminense), Lucas Pinheiro (estudante Universidade Federal Fluminense), Jean Vinicius (ativista), Dafne Kora ( feminista), Saru Albuquerque (ativista), Renata Proença (atriz) e Penélope M. Raposo (psicóloga e mestranda na Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
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