O “Guia Técnico para Prevenção e Tratamento do HIV para Pessoas que Usam Drogas Estimulantes”, produzido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), em parceria com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi apresentado a gestores, representantes da sociedade civil organizada e profissionais de saúde durante uma oficina. A atividade, organizada em parceria com o novo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), aconteceu em Brasília. A ABIA foi representada por Juan Carlos Raxach, coordenador da área de prevenção e promoção da saúde.
A oficina debateu questões como a epidemia do HIV e a prevalência de drogas estimulantes, o risco de doenças infecciosas para pessoas que fazem uso de drogas, prevenção e tratamento do HIV, cuidado e apoio para pessoas que usam drogas estimulantes como crack e cocaína.
De acordo com Raxach, no entanto, o material foi elaborado com base numa metodologia internacional e sem incluir as especificidades dos países. “O conteúdo do guia precisa ser trabalhado a partir da experiência e realidade brasileira. Nós questionamos, por exemplo, a falta da palavra AIDS e a banalização da mesma. Criticamos esta 5ª epidemia que é a epidemia do descaso e do abandono e pontuamos sobre nossa preocupação com o atual contexto político e da visão novo governo sobre a maneira que as ações para essa população serão criadas”, disse Raxach.
Segundo ele, as críticas foram bem acolhidas. “A ABIA tem um respeito enquanto instituição então eles realmente procuraram nossa opinião. Esperamos agora que nossa contribuição seja aproveitada,” finalizou.