O diretor-presidente da ABIA, Richard Parker, apresentou uma análise sobre o começo da epidemia do HIV/AIDS num webinário promovido pela UNICEF em parceria com o Interdisciplinary Center for Studies and Research in Emergencies in Public Health (NIESP), coordenado pelo pesquisador Gustavo Matta, com a Fiocruz, entre outras instituições. Na ocasião, Parker apresentou a ABIA como estudo de caso, por ser uma organização da sociedade civil, fundada no final dos anos 1980.
“ABIA surgiu num período em que a AIDS era considerada uma emergência humanitária. Foi fundada, portanto, num momento crucial da epidemia de HIV/AIDS e num período significativo para a história brasileira: era a chamada abertura política após 20 anos de uma ditadura militar no país”, lembrou Parker.
O diretor-presidente da ABIA também ressaltou o empenho da instituição em realizar um trabalho intersetorial e interseccional ao mobilizar diferentes setores. De acordo com Parker, estes recortes permanecem até hoje como eixos fundamentais da prática institucional. “A gente vem criando espaços de diálogo com a sociedade civil, gestores governamentais, pesquisadores e acadêmicos universitários, além de desenvolver um trabalho com comunidades e populações afetadas pelo HIV, tais como pessoas vivendo com HIV e AIDS (PVHA), gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens, mulheres, comunidades afro-brasileiras, escolas públicas, favelas e periferias, dentre outras”, destacou.
Parker destacou ainda o trabalho que a ABIA tem desenvolvido por meio do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI) e o Observatório de Sexualidade e Política (SPW, sigla em inglês).