Em parceria institucional com o Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (IESC/UFRJ) e a Universidade de Toronto (EUA), a ABIA iniciou uma investigação piloto sobre os entendimentos comunitários para os direitos sexuais no Rio de Janeiro e identificar os métodos inovadores para a construção de coalizões dos movimentos HIV/AIDS, o feminista, o LGBTQI+, e o dos profissionais do sexo. O projeto “Exploração dos Conhecimentos Comunitários e Construção de Coalizões entre Movimentos Sociais de Direitos Sexuais” tem a orientação de Richard Parker e Veriano Terto Jr., respectivamente, diretor-presidente e vice-presidente da ABIA, em parceria com as colegas Carmen Logie e Amaya Perez-Brumer, da Universidade de Toronto. A coordenação do trabalho de campo é da antropóloga Carla Rocha Pereira.
Em razão da pandemia, os comitês de ética que acompanham a pesquisa autorizaram a coleta de dados virtualmente, e não no modo presencial, conforme projeto original. A execução está sendo realizada pela equipe do Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens. Já foram realizados grupos focais de pessoas vivendo com HIV/AIDS, que foi coordenado por Juan Carlos Raxach, e o LGBTQI+, coordenado por Vagner de Almeida. Os próximos serão grupos de mulheres feministas e profissionais do sexo. De acordo com Parker, há um conjunto de perguntas que orientam as etapas da pesquisa. “Queremos compreender como os direitos sexuais foram definidos e articulados ao longo do tempo entre as diversas populações no Brasil? Quais são as tensões atuais?, entre outras questões”, afirmou Parker.