O Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direito entre Jovens realizou mais um Cine ABIA. Nesta edição, que ocorreu no dia 02/08 na sede da instituição, com a exibição do documentário “Janaína Dutra: Uma dama de ferro”. O filme foi dirigido e produzido por Vagner de Almeida, coordenador do projeto.
Aproximadamente 15 pessoas assistiram ao filme que conta a trajetória da primeira advogada reconhecida pelo nome social na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Nascida no interior do Ceará, Janaína Dutra foi uma das maiores ativistas pelos direitos humanos das travestis, transexuais e pessoas vivendo com HIV e AIDS.
A noite foi marcada pelo debate sobre a vivência e as dificuldades das travestis e transexuais no Brasil. Para enriquecer a discussão, estiveram presentes na mesa de debater Cléo Oliveira, Assistente social e graduanda da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ); Alessandra Ramos Makkeda, Assessora parlamentar do Deputado Federal Jean Wyllys; Luiza Mendonça, estudante de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), todas as mulheres trans. A assessora do Conselho Superior do Ministério Público do Rio de Janeiro, Fátima Baião completou a mesa.
Durante o debate, as convidadas falaram de suas próprias experiências e suas impressões sobre a homenageada na noite. “Só estamos aqui porque existiu uma Janaína Dutra”, afirmou Alessandra Makkeda ao reforçar a importância da ativista no processo de desconstrução do estigma da prostituição para travestis.
Para Vagner de Almeida o evento reforçou a importância de discutir as dificuldades vividas pela população de travestis e transexuais até os dias de hoje. “A fala das debatedoras mostra que poucas coisas mudaram depois do filme e nos alerta que é preciso muito investimento em ações voltadas para a integralidade das trans na sociedade”, avaliou.