O Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI), coordenado pela ABIA, participou da Consulta Técnica sobre “Otimização da Terapia Antirretroviral e Estratégias de Acesso ao Dolutegravir na América Latina e Caribe na Perspectiva de Saúde Pública”, em Brasília. Na reunião, organizada pela Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), a instituição foi representada pelo vice-presidente Veriano Terto Jr. e por Felipe de Carvalho, que representa a ABIA na coordenação do GTPI.
O foco da conversa foram os desafios para a incorporação do antirretroviral Dolutegravir na primeira linha de tratamento para o HIV e a AIDS no Brasil e na América Latina. Também foram discutidas questões relacionadas a preço, compra e os benefícios clínicos que o medicamento traz. A incorporação de medicamentos, principalmente de geração mais recente, é um grande desafio para o tratamento ao HIV/AIDS na região. A ABIA/GTPI marcou o posicionamento da sociedade civil.
“Este tipo de evento é fundamental para discutir os desafios locais para incorporação da América Latina e Caribe. Este debate é importante para diminuir as desigualdades entre os países pobres e os mais ricos. É também para que os programas de AIDS locais possam ter mais força política para enfrentar essa desigualdade de forma coletiva e a América Latina possa ter esquemas terapêuticos tão atuais como países mais ricos”, afirmou Terto Jr.
O grupo ABIA/GTPI pressiona pela incorporação do medicamento como primeira opção de tratamento desde 2015. E como representante da sociedade civil pressiona para que a OPAS/OMS não seja apenas um agente de recomendações técnicas sobre a incorporação de medicamentos, mas que também garanta o acesso a eles.