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Desafios na assistência para pessoas vivendo com HIV/AIDS mobilizam 2º dia do Aprimorando III em Porto Alegre

O cuidado individualizado na atenção à saúde, os desafios, as limitações e as abordagens das linhas de cuidado para as pessoas vivendo com HIV/AIDS e também o enfrentamento das desigualdades estruturais foram os temas discutidos na manhã do 2º dia do Seminário de Capacitação em HIV – Aprimorando o Debate III. O evento, organizado pela ABIA, reúne especialistas, sociedade civil organizada e público em geral até esta sexta-feira (23), no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre  (RS), para discutir “Assistência e Linhas de Cuidado para pessoas vivendo com HIV/AIDS”.

A poetisa e filósofa Atena Beauvoir e o poeta Ramon Nunes Mello iniciaram as reflexões do dia com intervenções poéticas. Beauvoir, militante transfeminista, emocionou o público ao recitar a poesia “Pergaminhos”, no formato slam (forma de poesia falada oriunda dos movimentos de rap e hip hop da juventude negra), onde denunciou a transfobia e a violência estrutural enfrentada por mulheres trans e mulheres cis e população negra, bem como a capacidade de resistir, ressignificar a dor e lutar coletivamente dos grupos marginalizados.

Já Mello recitou o “Poema atravessado pelo manifesto Sampler” que trata sobre o poder da poesia, da linguagem como forma de expressão de si e do mundo. O escritor também leu algumas obras da antologia “Tente entender o que tento dizer” que reúne diversos poemas de escritores de diferentes perfis, gêneros e gerações sobre HIV/AIDS.

A mesa da manhã tratou do tema “Assistência no SUS: conceitos e caminhos” foi e contou com as participações de Mark Guimarães, médico epidemiologista, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Ronaldo Hallal, médico infectologista da Santa Casa de Porto Alegre e Carlos Duarte, vice-presidente do Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS do Rio Grande do Sul (GAPA/RS) e membro do Conselho da ABIA.

Ineficiências

Guimarães trouxe dados pesquisa que desenvolve sobre a assistência para PVHA e o alcance das ações de testagem, diagnóstico e tratamento em diferentes populações, divididas por gênero, orientação sexual e região de residência, entre outras classificações. De acordo com ele, as disparidades evidenciadas pela pesquisa indicam que há pessoas sendo deixadas para trás: “Sabemos que é preciso testar e tratar mas para quem? Há populações invisíveis para os serviços de saúde, mesmo dentro das chamadas populações chaves, que já são estigmatizadas”, ressaltou o infectologista.

Mark também lembrou que é preciso melhorar a assistência e o acompanhamento aos pacientes que conseguem acessar os serviços: “Nossa pesquisa indicou que a meta “testar e tratar” funciona, porque muitos dos que foram diagnosticados nunca haviam se testado antes. Porém, ainda tem uma grande parte da população que não é testada ou  é testada e não retorna para buscar seu resultado e tem a pessoa soropositiva que não consegue aderir ao tratamento, etc. É preciso haver uma política de aconselhamento, de acompanhamento, especialmente em determinadas populações. Uma política de prevenção baseada apenas em distribuição de camisinha é ineficiente”, afirmou.

A experiência do pesquisador foi endossada na contribuição do médico Ronaldo Hallal, que também trouxe dados sobre diferentes populações de pessoas vivendo com HIV/AIDS no acesso a “cascata de cuidados” pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase no impacto do tratamento para supressão viral da transmissão do HIV. “A orientação do cuidado para PVHA deixa claro que a abordagem no atendimento em saúde deve ser individualizada, respeitando a autonomia do paciente. No entanto, é preciso verificar como ela chega até a ponta, na relação entre profissional de saúde e usuário. As pesquisas indicam disparidades regionais e relacionadas a cor/raça, orientação sexual entre outras no acesso ao tratamento”, afirmou Hallal. O médico também lembrou que há questões de qualidade de vida e vulnerabilidade social que devem ser observados no atual contexto político. “Estamos num contexto de exacerbação da LGBTfobia, do racismo, do machismo expressos no discurso do próprio presidente da República e sabemos que a epidemia do HIV/AIDS é concentrada nas populações mais vulneráveis. Logo, o estigma, a criminalização, a ação policial violenta, o encarceramento também colabora para a diminuição do acesso a prevenção, ao diagnóstico e o tratamento ”, concluiu.

Desmonte

Encerrando a manhã, Carlos Duarte tratou sobre o panorama regional do Rio grande do Sul e de Porto Alegre. O estado ocupa o 2º lugar na taxa de casos de AIDS, com 31,8 casos a cada 100 mil habitantes, e lidera as estatísticas de mortalidade por AIDS no Brasil. “A epidemia no Rio Grande do Sul é generalizada. Recentemente participamos de um evento onde informaram que 50% das pessoas vivendo com HIV em Porto Alegre não estão acessando os antirretrovirais. Essa é a dimensão da gravidade da epidemia do RS e do Brasil, pois não sabemos se está acontecendo em outros estados também”, pontuou Duarte, lembrando que o Programa de HIV/AIDS no RS já foi referência nacional no enfrentamento à epidemia.

Em sua fala, Duarte também criticou o desmonte do departamento responsável pelas ações de combate ao HIV/AIDS e infecções sexualmente transmissíveis no Ministério da Saúde. Em maio, o decreto nº 9.795 modificou a estrutura da pasta e entre outras ações retirou o termo AIDS do nome do setor.

“Essa retirada do nome da AIDS é mais uma etapa de um processo que o governo vem fazendo já há muito tempo que é passar a mensagem de que a AIDS está controlada e não é mais um problema no Brasil. Essa não é só uma questão semântica, é uma questão política sobre tudo que envolve a AIDS. A epidemia de AIDS é uma epidemia social e tem que estar evidente que essa epidemia é uma escolha política. A desassistência no Brasil é uma proposta concreta que está sendo levada a cabo pelos nossos governantes ”, disse Duarte.

O Projeto Aprimorando o Debate III é uma iniciativa da ABIA que tem como objetivo estimular e aprimorar o conhecimento multi-setorial e multidisciplinar sobre vários aspectos da epidemia de HIV/AIDS no Brasil, envolvendo os setores governamentais, a academia e a sociedade civil. A atividade é uma ação da área de Treinamento e Capacitação da ABIA.

Além desta edição sobre “Assistência e Linhas de Cuidado, já foram realizados também os encontros: “ONGs, Sociedade Civil e Mobilização Social” (no Rio de Janeiro); “Estigma, Pânico Moral e Violência Estrutural” (em Porto Alegre) e “Desafios da prevenção do HIV/AIDS e das ISTs na quarta década de epidemia” (no Rio de Janeiro).

 

Por Maria Lucia Meira (estagiária)

Edição e supervisão: Angélica Basthi

Categoria: Sem categoria Publicado em: 23 ago 2019



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