Foi com o propósito de conhecer a história de luta e mobilização das prostitutas de Campinas que surgiu a idéia do documentário “Mulheres Guerreiras: desbravando estradas da vida”. Responsáveis pelo roteiro, produção, direção e edição, o trio – Aline Tavares, assessora técnica da ABIA, Diana Helene, pesquisadora do Observatório Nacional e Sandra, uma trabalhadora do sexo e integrante da Associação Mulheres Guerreiras (AMG) – percebeu que há pouca documentação sobre a história da mobilização das mulheres prostitutas de Campinas (SP) e também sobre a trajetória da AMG.
Ao longo de oito meses e, por meio dos relatos de Sandra, que há mais de 35 anos se dedica ao trabalho de prostituta, o trio buscou histórias e eventos que contribuíram para a construção do sentimento coletivo de luta pela conquista de direitos das prostitutas de Campinas.
Segundo Tavares, a solidariedade entre as prostitutas surgiu neste processo de luta. “O que foi mais marcante no filme foi perceber a importância dos laços de solidariedades criados ao longo da história de luta dessas mulheres, e como essa organização foi importante para que elas obtivessem conquista políticas”, afirmou.
O filme foi realizado sem nenhum financiamento. Uma das arrecadações aconteceu em junho do ano passado durante o “Puta Dai Campinas”. Na ocasião, a vendagem dos CDs do filme no evento foi revertida em fundos para a AMG.
A Associação Mulheres Guerreiras iniciou suas atividades em Campinas no ano de 2004 e foi formalizada em 2007. Atualmente é o principal espaço de articulação das profissionais do sexo na cidade na luta por direitos e contra a violência policial.
Acesse o filme aqui.