Em artigo, Juan Carlos Raxach, coordenador da área de promoção da saúde e prevenção da ABIA faz uma dura crítica à caótica situação da saúde no Rio de Janeiro. Segundo ele, “como se não bastasse o descaso com nossos hospitais e profissionais de saúde e o fechamento indevido de Unidade de Saúde da Família (USF), agora sofremos também com a greve das Unidades Básicas de Saúde. Estas unidades são a porta de entrada preferencial do SUS e onde, em principio, deveriam ser atendidos 80% dos problemas de saúde da população”. Leia o texto na íntegra:
A situação da saúde no Rio de Janeiro continua se agravando e de forma silenciosa
por Juan Carlos Raxach*
Uma colega a partir da necessidade de marcar numa consulta médica na Unidade Básica de Saúde e Copacabana (RJ) descobriu que a unidade estava em greve desde o 26 de outubro deste ano, e que por questões legais, atualmente funcionam com 30% de sua capacidade. Ainda que todos os profissionais estejam cumprindo as suas escalas, adotaram a forma “tartaruga” para atender as demandas que surgem a cada momento.
A precarização de nosso Sistema Único de Saúde (SUS) vai se aprofundando. Nós, da ABIA, queremos denunciar nosso profundo pezar em relação à intencionalidade das autoridades governamentais neste processo de desmantelamento, aniquilação e descaso com o SUS. Este processo tem se apoiado no boicote da saúde pública para reforçar a privatização do sistema.
Como se não bastasse o descaso com nossos hospitais e profissionais de saúde e o fechamento indevido de Unidade de Saúde da Família (USF), agora sofremos também com a greve das Unidades Básicas de Saúde. Estas unidades são a porta de entrada preferencial do SUS e onde, em principio, deveriam ser atendidos 80% dos problemas de saúde da população.
Não podemos continuar calados nem imobilizados, não podemos permitir que destruam nossas conquistas.
Queremos nosso SUS de volta!
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*Coordenador da área de promoção da saúde e prevenção da ABIA