A ABIA é uma das signatárias, ao lado de entidades que atuam na promoção e defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, de uma carta enviada ao Ministério da Saúde com duras críticas sobre a ausência de uma resposta eficaz à epidemia do vírus Zika.
Para a ABIA, como na AIDS, o enfrentamento do Zika não pode ser isolado do contexto no qual o vírus se dissemina.
Além disso, a possível transmissão sexual do Zika é um agravante para o Brasil, já que nos últimos anos, pesquisas vem revelando uma tendencia de decréscimo no uso do preservativo. O uso da camisinha é fundamental para a prevenção do HIV e, caso comprovada transmissão sexual do Zika vírus, também será para prevenção desta epidemia.
Na carta, as organizações signatárias afirmam que “falta políticas de saúde adequadas e eficazes que respondam a crise de saúde pública relacionada à epidemia do Zika vírus”.
Ainda de acordo com o documento, apesar do apelo feito pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (por garantia de acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva) e da recomendação dada pela Organização Mundial da Saúde (de que todas as mulheres devem ser tratadas com respeito e dignidade), o Brasil continua a ter restrições legais e barreiras que afetam o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos, principalmente entre as mulheres em situação de maior vulnerabilidade.
Leia a carta na íntegra aqui