A ABIA esteve no México para participar da 19ª Conferência Internacional sobre Ciência e HIV da International AIDS Society (IAS 2019). A instituição participou do Simpósio “A força das parcerias! Engajados positivamente nas redes de pessoas que vivem com HIV para o teste, tratamento e prevenção”, de atos da sociedade civil organizada e acompanhou as inovações medicamentosas para a prevenção e tratamento do HIV.
O vice-presidente da ABIA, Veriano Terto Jr. e o representante da instituição na coordenação do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI), Felipe Fonseca participaram da conferência. O Simpósio “The power of partners! Positively engaging networks of people with HIV in testing, treatment and prevention” se propôs a apresentar um dos resultados do projeto para Implementação da Profilaxia Pré-Exposição na América Latina (ImPREP) no qual o GTPI contribui com os aportes da sociedade civil para a luta pelo acesso ao medicamento truvada e à PrEP. A sessão também trouxe outras experiências do projeto ImPrEP no Brasil, México e Peru e discutiu desafios para alcançar HSH e mulheres trans vulneráveis, particularmente as populações mais jovens e de menor renda, debateu estratégias para melhorar a continuação da PrEP, entre outros temas.
Já Terto Jr. acompanhou as inovações medicamentosas para a prevenção e tratamento do HIV. Entre as novidades estão a PrEP injetável e os implantes antirretrovirais de longa duração; os anéis vaginais que previnem contra as Infecções sexualmente transmissíveis e ainda atuam como contraceptivos; e os novos esquemas medicamentosos, tais como a PrEP sob demanda. Entre os destaques estão o debate sobre a permanência do estigma, do envolvimento das populações afetadas na resposta à epidemia e o protesto realizado pela sociedade civil organizada de vários países durante o encontro em defesa do acesso à ciência e à saúde.
“A nossa grande reivindicação enquanto ativistas neste espaço foi que a ciência seja para todos, que haja o acesso democrático por parte da população aos resultados positivos que as pesquisas em HIV têm trazido para a resposta a epidemia. Apesar dos avanços em relação às novas tecnologias, tanto no campo da prevenção como no tratamento, as pessoas não só desconhecem os resultados das pesquisas como não tem acesso às mesmas, sobretudo, quando se transformam em bens como remédios e produtos, principalmente nos países mais pobres”, destacou Terto Jr.