Na reta final da campanha presidencial, apenas Aécio Neves respondeu à Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS sobre o que planeja fazer para conter a epidemia de AIDS no país, caso eleito. Dilma Rousseff, Marina Silva, Pastor Everaldo, Eduardo Jorge e Luciana Genro não deram o ar da graça. A notícia foi publicada no Boletim ABIA nº 59, cuja edição virtual está disponível na Internet.
Aécio afirmou que irá promover a retomada da prioridade para a manutenção do Programa HIV/AIDS por meio da Rede Brasil Prevenção e Tratamento das DST/AIDS e Hepatites Virais (Rede). De acordo com o comitê de campanha do PSDB, a Rede será estruturada “a partir de três frentes de ação: qualificar o atendimento realizado pela atenção básica dos municípios, criar ou fortalecer os Serviços de Atenção Especializada em HIV/AIDS, DST e Hepatites virais e organizar a atenção hospitalar”.
O baixíssimo interesse dos candidatos assustou as Ongs/AIDS em todo país. O Brasil registrou um aumento de 11% na taxa de infecções no período de 2005 a 2013, segundo relatório UNAIDS/Nações Unidas. Este aumento deveria ser um sinal de alerta, mas os presidenciáveis ignoraram os números.
Para o diretor-presidente da ABIA, Richard Parker, o baixo interesse dos principais candidatos é muito preocupante. “É fundamental compreender de que maneira o jogo político coloca a questão da AIDS como uma questão central para ser debatida publicamente. A ausência do enfrentamento deste tema entre a maioria dos presidenciáveis confirma que a sociedade brasileira deve se mobilizar urgentemente para exigir uma resposta efetiva à epidemia”, afirma.
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