“Não somos só números de prontuário, só adesão ao remédio. Nossas vidas importam! ”, afirmam, em carta, 70 jovens que nasceram com o HIV ou adquiriram o vírus na infância ou adolescência. O documento foi divulgado quase um mês após a realização do I Seminário Regional de Transmissão Vertical e Infecção do HIV na Adolescência, ocorrido em São Paulo.
A carta reúne as principais demandas das pessoas que nasceram com o HIV que participaram do encontro. E sugere propostas elaboradas pelos jovens para responder às questões específicas. Dentre elas, estão:
- Garantir estratégias terapêuticas que contribuam para adesão no tratamento e diminuição dos efeitos colaterais, tais como: a implementação do PTS – Projeto Terapêutico Singular para PVHA (Pessoas Vivendo com HIV/AIDS);
- Elaborar campanhas e políticas de divulgação e discussão sobre o HIV/AIDS com uma linguagem adequada às juventudes;
- Melhoria das políticas de saúde materna e garantia dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher que vive com HIV/AIDS”;
- Realizar a atualização dos medicamentos nocivos, investindo na quebra de patentes e licenciamentos compulsórios, e na aquisição de medicamentos com menos efeitos colaterais.
Para os participantes, o documento “é um marco para a juventude que nasceu com HIV ou que adquiriu a infecção, pois coloca nossas demandas sem mediadores, com a nossa própria voz, mostrando que nossas vidas são muito maiores e mais complexas do que apenas tratamento medicamentoso”.
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