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“Não dá para responder à AIDS sem trabalhar a política em que a AIDS está inserida”, afirmou Richard Parker na abertura do seminário da ABIA

A Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) promoveu o Seminário Nacional “Refazendo a Prevenção do HIV na 5ª década da epidemia de HIV/AIDS”, com uma ampla programação que visou debater sobre caminhos de reflexão e reimaginação da prevenção ao HIV. O encontro faz parte da agenda Dezembro Vermelho em celebração ao Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. E também contou com o lançamento de duas publicações: o policy brief (resumo da política) “Refazendo a Prevenção”, organizado por Gabriela Calazans,  Richard Parker e Veriano Terto Jr., e do livro “E se fosse com você – Histórias vividas de estigma e discriminação em 40 anos de HIV/AIDS”, organizado por Daniela Souza e Carla Pereira.

Assista a palestra completa de Richard Parker no canal do YouTube da ABIA

A abertura foi feita pelo vice-diretor presidente da ABIA, Veriano Terto Jr. que lembrou que o encontro é uma extensão do Seminário Repensando a Prevenção, realizado pela instituição em junho deste ano. De acordo com Terto Jr., “resgatar essa memória da epidemia também é uma forma de conhecê-la e aprender com lições do passado para que a gente possa melhorar o presente e ter mais caminhos para o futuro”. Em seguida, Richard Parker, diretor presidente da ABIA, iniciou a palestra “A História da Resposta frente à AIDS e a História de Prevenção: Como Chegamos até Aqui?”.

De acordo com Parker, o seminário pode ser traduzido como uma proposta composta por reflexões sobre acontecimentos históricos e lições que aprendemos ao longo do caminho a fim de pensar sobre prioridades que precisam ser trabalhadas para desenvolvermos a prevenção na quinta década da epidemia da AIDS. Parker enfatizou dois pontos principais.  Segundo ele, a epidemia é um fato social (e não somente viral) e é preciso prestar atenção às ondas da resposta social que, no sentido criado por Herbet de Souza, o Betinho, se referem ao modo como a sociedade e a cultura se organizam e a maneira como política lança políticas de enfrentamento.

Resposta e desafios

Parker dividiu sua apresentação em duas partes: I) a história social de uma epidemia global, evocando o histórico que a resposta frente a epidemia passou ao longo do tempo e quais foram os principais desafios encontrados nos últimos 40 anos; e II) As lições específicas do campo de prevenção que deram pistas sobre prioridades de prevenção na quinta década.

De acordo com ele, cada década da epidemia de AIDS pode ser vista como um período distinto em termos da resposta construída. “É possível ver as décadas como ondas. Em 1981, quando o primeiro caso de AIDS foi diagnosticado pela medicina, até, mais ou menos, 1991 localizamos a primeira onda. Foram anos de crise, mas também um período de grande resistência de comunidades e populações mais afetadas, que tinham que resistir ao estigma e à discriminação, políticas muitas vezes não muito bem realizadas”, enfatizou.

A segunda década foi identificada por Parker a partir de 1991 até 2001, provavelmente até a Declaração de Doha. “Em 2001 é a marca do fim dessa segunda, onde as batalhas para construir o movimento global contra a AIDS foram sendo articuladas e realizadas”, lembrou o diretor-presidente da ABIA.  Já a terceira onda – também conhecida como “fase de escalonamento” – foi identificada no período de 2001 a 2011: os países fazem uma declaração de compromisso de enfrentar a epidemia e permitir o acesso aos tratamentos em escala mundial. “Gradualmente, ao longo da terceira onda, é construída o processo de biomedicalização, que gerou consequências importantes até os dias atuais”, explicou Parker.

Fim da AIDS

A quarta onda – entre 2011 e 2020 – é marcada pela promessa do fim da AIDS feita pelas autoridades. “No entanto, não estamos tão perto do fim da AIDS no final da quarta onda quanto queríamos estar”, enfatizou.  Parker acredita que o fim das quatro décadas de AIDS gerou um sentimento de decepção no movimento de AIDS em relação ao estágio onde, de fato, se conseguiu. Ao mesmo tempo, gerou muitas interrogações para a quinta década, principalmente com a chegada da Covid – 19. “Estamos em um momento de repensar muitas coisas por conta desse tsunami (Covid-19) que caiu em cima de nós e que levanta muitas dúvidas sobre nossas respostas futuras no campo da AIDS e sobre a possibilidade do tão prometido fim da AIDS”, disse.

Ao falar sobre o futuro da epidemia, Parker pontuou lições aprendidas durante a história do enfrentamento ao HIV e AIDS. Dentre elas, o fortalecimento da prevenção combinada, o combate à falsa narrativa do fim da epidemia e respostas amplas a partir da dimensão social da epidemia e o trabalho intersetorial frente à epidemia. “Segundo ele, o que marcou a resposta à AIDS no Brasil foi uma coalizão ampla com outros setores e não apenas no campo da saúde. “A nossa conquista foi feita por meio de parcerias importantes, o espaço para parcerias tem sido cada vez menor por causa da diminuição política da nossa atuação e por causa da opressão política do conservadorismo, que visa combater a resposta frente à AIDS ao invés de combater a AIDS”, pontuou.

Novos caminhos

No debate, Parker aprofundou sobre o tema da biomedicalização e sugeriu novos caminhos para a resposta à epidemia da AIDS. Por exemplo, a ideia de que a AIDS está resolvida, na visão de Parker, cria uma cortina de fumaça que piorou ainda mais o estigma e discriminação. E a retirada da dimensão social dos programas oficiais e o não enfrentamento ao estigma e à discriminação tem impedido a prevenção.

“O que temos que fazer é voltar às raízes e lembrar do que aprendemos ao longo do caminho. Hoje é preciso encarar uma oposição conservadora, de extrema direita, e mergulhada no conservadorismo religioso. A última década tem sido de repressão explícita promovida pelo conservadorismo político que tem atacado as possibilidades de trabalho frente à epidemia, principalmente no interior. Não dá para responder à AIDS sem trabalhar a política em que a AIDS está inserida. Se a gente tem uma única mensagem no evento de hoje é sobre isso”, encerrou Parker na manhã do dia 2/12.

 

Reportagem: Maiana Santos (colaboradora do Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens)

Edição: Angélica Basthi

Categoria: Sem categoria Publicado em: 6 dez 2021



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